Quando o primeiro aparelho celular chegou em terras brasileiras, recebeu o nome de “tijolão”. Não faz muito tempo que o antigo Motorola PT-550 passou a ser comercializado – muitos, inclusive, vão lembrar do modelo famoso dos anos de 1990. Porém, ainda não se tinha ideia das potencialidades tecnológicas que influenciariam na evolução do “tijolão” para os modernos smartphones atuais. Hoje, estamos todos conectados. Interligados. Mediados.
Os dedos dançantes que trafegam nas telas mágicas dos celulares são parte de uma realidade nova, onde não é possível ignorar a presença de redes midiatizadas. O ser humano faz parte dessa nova organização social, em que há a imagem presente, em carne e osso, mas também, há a representação virtual. Dois mundos conectados por um pequeno aparelho celular.
E não só os avanços na categoria smartphones modificaram a nossa esfera de vivência. O avanço das tecnologias de comunicação e informação (TICs) permitiu a explosão de conhecimentos, com a construção de novas formas de saber e aprender. Hoje, não é possível dissociar a Educação da Tecnologia – elas parecem imbricadas em um nó dissociável, com possibilidades múltiplas de aprendizagem.
Nesse sentido, as novas formas de aprendizagem propiciam aos alunos práticas pedagógicas que estão conectadas com o cotidiano, com experiências de vida e com conhecimentos que são significativos para cada indivíduo. Os métodos de ensino precisam estar flexíveis às mudanças – a escola, assim, cumpre o seu papel social de transformação e formação de consciência, dentro da realidade que nos cerca.
A CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL PELA EDUCAÇÃO IMERSIVA
Capacitação. Essa é a palavra que movimenta o mercado de trabalho. Em um mundo cada vez mais globalizado e interdependente, a formação do profissional apresenta-se como uma das atividades de maior importância para a integração da sociedade. Ela é capaz de propiciar o desenvolvimento do indivíduo, a partir do enriquecimento educacional e de experiências empíricas, com um ementário curricular planejado em prol das necessidades do mercado de trabalho, com aplicações diretas.
Os cursos de capacitação encaram a formação dos profissionais como uma atividade que favorece a sociedade, tanto em termos de crescimento do mercado quanto nos aspectos de evolução pessoal. Assim, é possível adquirir conhecimentos mais completos, que permitem a participação do sujeito no crescimento social, econômico e cultural. Os benefícios potenciais dos cursos de capacitação vão muito além da contribuição para o mundo globalizado. Mais do que o todo, eles também são planejados para atender o que é local, regionalizado.
A formação do profissional necessita de uma grade curricular que compreenda as especificações de cada contexto, oferecendo oportunidades dentro do ambiente de convívio das pessoas. Afinal, o desenvolvimento completo só pode ser alcançado através da percepção do que é singular. As vantagens dos cursos de capacitação não são traduzidas apenas com a geração de renda e mais oportunidades de trabalho: esses são apenas alguns pontos de destaque.
A educação é responsável por mudanças de comportamento e pelo crescimento do indivíduo, que é colocado em um mundo novo de aprendizado e passa a encarar os desafios do mercado como algo positivo, ou seja, como uma chance de mostrar todo o seu conhecimento específico. Aprender o que faz sentido. Essa é a principal característica dos cursos de capacitação. Uma educação voltada para as necessidades do mercado e para o desenvolvimento intelectual.
O ato de educar consiste justamente no auxílio ao aprendiz, para que a ocorra a construção do conhecimento. Para isso, implica-se a criação de ambientes de aprendizagem, onde haja aspectos para a transmissão e construção da informação, no sentido de dar significado ou apropriar-se da informação. Dessa maneira, como criar situações de aprendizagem para estimular a compreensão e a construção do conhecimento?
O desenvolvimento das TICs é um caminho. Elas permitiram o aprender midiática ou trasmidiático. É possível encontrar a narrativa reconfigura dentro das tecnologias de reprodução e armazenamento de dados, como em plataformas interativas, aplicativos e possibilidades de integração em smartphones e outros dispositivos.
O aluno está conectado. Imerso dentro da sua própria realidade, em uma educação participativa, na qual ele faz parte do processo de aprendizagem.
Isto é, educar não é apenas transferir conhecimento. Mas sim, compreender a realidade, promover uma educação libertadora que implica em reconhecer o homem como sujeito com vocação histórica e, desse modo, contribuir para a construção da cidadania e da consciência crítica. O aluno, como parte integrante desse processo pela tecnologia, pode contemplar um todo, dar significados aos seus aprendizados e, assim, capacitar-se para a sociedade.
Autor: Prof. KOBORI, Antonio Carlos Diretor Pedagógico da FAPETEC; Licenciado em Pedagogia Plena, tem especialização em Engenharia de Sistemas e Administração Escolar; Experiência certificada na área de Tecnologia Educacional e Educação Profissional; Professional & Self Coaching Educacional e de Planejamento, com certificações internacionais pelo IBC; Global Coaching Community; European Coaching Association.